Ata: com defasagem, Copom vê como adequado interromper flexibilização monetária
Fabrício de Castro e Eduardo Rodrigues
Brasília
11/02/2020 08h47
Na semana passada, o colegiado cortou a Selic em 0,25 ponto porcentual, de 4,50% para 4,25% ao ano. Foi a quinta redução consecutiva. Na ata agora divulgada, o BC repetiu a avaliação de que "o atual estágio do ciclo econômico recomenda cautela na condução da política monetária".
Além disso, o BC reiterou que "seus próximos passos continuarão dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação, com peso crescente para o ano-calendário de 2021".
Os membros do Comitê de Política Monetária reafirmaram na ata que "a conjuntura econômica prescreve política monetária estimulativa, ou seja, com taxas de juros abaixo da taxa estrutural". Esta avaliação já constou no comunicado da semana passada do Copom.
A taxa estrutural é aquela que, em tese, permite o crescimento econômico sem gerar inflação.
Na ata, o Copom também avaliou que sua decisão da semana passada "reflete seu cenário básico e o balanço de riscos para a inflação prospectiva e é compatível com a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante para a condução da política monetária, que inclui o ano-calendário de 2020 e, com peso crescente, o de 2021".