Queda de 1,5% do PIB do 1º tri ante 4º tri é a maior desde o 2º tri de 2015
Com a parada súbita da economia por causa da pandemia de covid-19, vários componentes do PIB apresentaram seus piores desempenhos desde a última recessão, mas alguns se destacaram ainda mais negativamente na comparação com os trimestres imediatamente anteriores.
Pela ótica da demanda, o tombo de 2,0% no consumo das famílias foi o maior desde o terceiro trimestre de 2001, quando houve queda de 3,1% em meio ao racionamento de energia elétrica.
Pela ótica da oferta, a queda de 1,6% no PIB de serviços foi o pior desempenho desde o recuo de 2,3% no quarto trimestre de 2008 ante o terceiro trimestre daquele ano, em meio à crise financeira internacional deflagrada pela falência do banco americano Lehman Brothers.
Já o PIB de "outras atividades de serviços" registrou tombo de 4,6% no primeiro trimestre deste ano ante o último de 2019, o pior desempenho da série histórica do IBGE, iniciada em 1996. Já a queda de 2,4% no PIB de serviços de transportes foi a maior desde o terceiro trimestre de 2016 (-2,8% ante o segundo trimestre daquele ano).
Ainda na ótica da oferta, o PIB da indústria caiu 1,8% ante o quarto trimestre de 2019, pior desempenho desde a queda de 1,8% no quarto trimestre de 2016 ante o terceiro trimestre daquele ano.
Na comparação de um trimestre com o mesmo trimestre do ano anterior, a queda de 0,3% no PIB agregado do primeiro trimestre foi a maior desde o quarto trimestre de 2016, quando houve queda de 2,2% ante o último trimestre de 2015. Pela ótica da demanda, a queda de 0,7% do consumo das famílias no primeiro trimestre ante igual período de 2019 é a maior desde o quarto trimestre de 2016, quando houve recuo de 2,4% ante igual período de 2015.
Revisões
O IBGE revisou o PIB do quarto trimestre de 2019 ante o terceiro trimestre de 2019, que passou de 0,5% para 0,4%.
O órgão também revisou a taxa do PIB do terceiro trimestre de 2019 ante o segundo trimestre de 2019, de 0,6% para 0,5%.
O instituto revisou ainda o PIB do primeiro trimestre de 2019 frente ao quarto trimestre de 2018, passando de 0,0% para 0,2%.
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