Commodities pressionaram inflação no atacado dentro do IGP-DI de maio
"Nesta apuração, o IPA respondeu integralmente pela aceleração do IGP-DI. A elevação do preço de commodities importantes, como soja (7,18% para 8,59%) e minério de ferro (8,02% para 12,32%), somado ao aumento dos preços dos combustíveis, principalmente da gasolina (-30,44% para 11,21%), contribuiu para o avanço da taxa do indicador. Os demais índices componentes do IGP-DI seguiram em direção oposta, especialmente o IPC-DI (-0,54%), que registrou a maior queda dentro do período de estabilização da inflação. A série histórica do IPC-DI, iniciada em fevereiro de 1944, mostra que esta é a maior queda desde junho de 1957, quando o índice caíra 1,08%", disse André Braz, coordenador dos Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV).
Na análise por estágios de processamento, o grupo Bens Finais passou de queda de 0,22% em abril para alta de 1,24% em maio, puxado pelo subgrupo combustíveis para o consumo, que saiu de -25,02% para 5,89% no período.
A taxa do grupo Bens Intermediários passou de -2,02% em abril para -0,09% em maio, sob influência do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, que saiu de -22,11% para -6,48% no período.
O estágio das Matérias-Primas Brutas teve elevação de 4,15% em maio, ante uma alta de 2,65% em abril. Houve impacto dos itens minério de ferro (de 8,02% em abril para 12,32% em maio), aves (de -5,49% para 3,20%) e soja em grão (de 7,18% para 8,59%). Os itens que evitaram uma elevação maior foram milho em grão (de -1,79% para -6,40%), café em grão (de 6,63% para -1,05%) e leite in natura (de 1,12% para -2,26%).
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