Aposta para a retomada é a 'repriorização' das reformas, diz Guaranys
"Paramos as reformas para fazer uma máquina de medidas emergenciais, mas as reformas continuam sendo importantes", afirmou Guaranys, na abertura do o seminário online "Retomada do crescimento por meio de investimentos em Infraestrutura", promovido pelo Programa de Parcerias e Investimentos (PPI) e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O secretário-executivo defendeu as "medidas emergenciais", divididas por eles em três conjuntos - apoio aos mais vulneráveis, como o auxílio emergencial para trabalhadores informais; flexibilização do mercado de trabalho para garantir a manutenção de empregos; e o financiamento aos gastos com saúde, defesa e educação para combater a pandemia em si.
"As medidas não podem ser adotadas de forma atabalhoada, tem que ser proporcionais a cada momento", afirmou Guaranys.
Em seguida às medidas emergenciais, segundo o secretário-executivo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, montou um grupo para pensar sobre a retomada da economia. Para Guaranys, passado o pior da crise, as reformas econômicas precisam ser retomadas, mas a pandemia e a necessidade de retomar o crescimento econômico de forma acelerada requer que se estabeleça novas prioridades na agenda reformistas. As reformas tributárias e as que flexibilizam o mercado de trabalho para gerar mais empregos são as mais importantes, disse o secretário-executivo.
"Haverá uma massa grande de desempregados, apesar das medidas para manutenção de empregos. É preciso fazer as pessoas serem empregadas rapidamente", afirmou Guaranys.
O secretário-executivo também reforçou que, passado o pior da crise, é preciso retomar a agenda de privatizações e concessões em infraestrutura. Embora tenha ressaltado que "não vamos colocar nada para vender agora", Guaranys disse que, "no segundo semestre, o mundo vai voltar".
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