Opep mantém projeção de queda para a demanda global em 2020
A entidade salientou que a pandemia de covid-19 afetou negativamente as atividades econômicas globais, eliminando o potencial de crescimento da demanda por petróleo e levando a um declínio de 6,4 milhões de bpd no primeiro trimestre do ano em relação aos mesmos meses de 2019 e de 17,3 milhões de bpd também na comparação anual do segundo trimestre.
"Prevê-se que os combustíveis para transporte estejam sob pressão durante 2020, uma vez que os bloqueios em vários países, particularmente nos Estados Unidos, Europa, Índia e Oriente Médio, reduzem a demanda por gasolina e combustível de aviação, já que as viagens aéreas e as distâncias percorridas anteciparam um declínio significativo em comparação com o ano anterior", salientou a Opep no documento.
Além disso, a organização citou que a diminuição das atividades de fabricação, em comparação com o ano anterior, limitará o uso de combustível industrial.
A matéria-prima petroquímica também deve sofrer com o menor consumo pelo usuário final de plásticos em comparação com os anos anteriores, de acordo com a entidade. "Considerando as grandes incertezas no futuro, novos dados e desenvolvimentos podem justificar novas revisões no curto prazo", pontuou a instituição.
O relatório também informou que, para 2019 (ano ainda não considerado fechado pela entidade), o crescimento da demanda mundial de petróleo também foi mantido em 830 mil bpd, pois a demanda de petróleo por membros da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) foi reduzido em 100 mil bpd, enquanto o consumo de países de fora da entidade aumentou em 930 mil bpd. No total, o consumo em 2019 deve ter sido de 99,67 milhões de bpd.
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