CNC: Confiança do comércio cai 28,6%% em junho ante maio, maior queda da série
"Ainda influenciada pelos impactos econômicos do novo coronavírus, a confiança dos comerciantes acumulou queda de 54 pontos nos dois últimos meses, levando ao recorde o pessimismo entre os tomadores de decisão do varejo", disse a CNC em nota.
O indicador que mede a satisfação dos empresários com as condições atuais, seja da economia, do comércio, seja também da própria empresa, foi o que mais se destacou negativamente, chegando a 38,9 pontos, menor patamar desde dezembro de 2015, com quedas significativas, tanto mensal (-46,6%) quanto anual (-58,3%).
Especificamente sobre a economia, os números pioraram ainda mais neste mês: 22,7 pontos (menor nível desde junho de 2016), com queda mensal de 62,2% e anual de 73,1%. Mais de 90% dos entrevistados avaliam que a situação econômica atual está pior do que há um ano.
O índice que avalia as intenções de investimento também ampliou as variações negativas: -18,6% (mensal) e -30% (anual). Com 71,5 pontos, o item chegou ao menor patamar desde junho de 2017, reforçando que os empresários devem reduzir os investimentos nos negócios, em razão da crise.
Nesse cenário, a intenção de contratação de funcionários alcançou o menor índice da série histórica: 67,5 pontos, com recuos nas bases comparativas mensal (-24,5%) e anual (-44,6%).
Com o maior nível entre os subíndices do Icec e, até maio, o único dentro da zona de avaliação positiva, o indicador que mede as expectativas dos empresários do comércio atingiu, em junho, o patamar de pessimismo (abaixo de 100 pontos) pela primeira vez na história da pesquisa.
Com a queda mensal de 24,9%, chegou a 89,6 pontos, 43,8% a menos do que a pontuação aferida no mesmo período do ano passado, indicando que os comerciantes esperam, nos meses à frente, piora na economia, no comércio e também com relação ao desempenho da própria empresa, informa a CNC.
De acordo com o presidente da CNC, José Roberto Tadros, a recuperação será lenta e parte dos varejistas de menor porte tem enfrentado dificuldades no acesso ao crédito, apesar do custo mais baixo.
"As instituições financeiras ampliaram os riscos de inadimplência nos balanços e têm imposto necessidade de garantias que, por vezes, superam os valores das operações de crédito", explica Tadros, ressaltando que as micro e pequenas empresas precisam ser estimuladas, pois são fundamentais para a economia. "A criação de um Refis é absolutamente necessária para o soerguimento econômico, já que não se sabe quando a crise acabará", finalizou o executivo.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.