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Dívida pública bruta pode chegar a 100% do PIB no pós-crise, diz secretário

Para Salim Mattar, porém, o aumento de impostos não é a solução ? o que, segundo ele, também tem sido dito por Paulo Guedes - Marcos Corrêa/PR
Para Salim Mattar, porém, o aumento de impostos não é a solução ? o que, segundo ele, também tem sido dito por Paulo Guedes Imagem: Marcos Corrêa/PR

Amanda Pupo

Brasília

01/07/2020 16h15

O secretário especial de Desestatização do Ministério da Economia, Salim Mattar, afirmou hoje que, no pós-crise, a dívida pública bruta pode chegar a 100% do PIB (Produto Interno Bruto).

Diante do contexto, o secretário disse que o aumento de impostos não é a solução, o que, segundo ele, também tem sido dito pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Sem aumento de tributos, Mattar destacou que a saída são as reformas estruturantes, como as PECs do pacto federativo, dos fundos públicos e emergencial, além da administrativa.

O secretário também destacou em apresentação projetos como o da Nova Lei do Gás, da privatização da Eletrobras, e da autonomia do Banco Central

Eletrobras: 'Modelagem está sendo finalizada'

Mattar também informou que a modelagem para a capitalização da Eletrobras está "sendo finalizada" neste momento, num trabalho a "quatro mãos" realizado entre o Executivo e o Congresso.

"A modelagem está sendo finalizada nesse momento, claro que Executivo tem de fazer a quatro mãos com o Congresso", disse.

Ele pontuou que as bancadas do Norte e Nordeste têm influência forte sobre a estatal e, por isso, esse processo de formatação passa pela participação do Parlamento, que precisa aprovar projeto de lei para autorizar a capitalização da empresa.

Mattar estimou que, se o Congresso aprovar o PL (projeto de lei) até setembro, a Eletrobras poderá ir a mercado ainda no primeiro trimestre de 2021. Se o projeto for aprovado até outubro, o processo ficaria para segundo trimestre do próximo ano.

O Executivo apresentou no ano passado um PL para a capitalização da empresa, que não caminhou no Congresso.

O secretário afirmou ainda que, segundo o cronograma do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), a desestatização dos Correios deve ocorrer no quarto trimestre de 2021.