Não faltou dinheiro para atender problemas de saúde na pandemia, diz Guedes
Guedes deu destaque para ações no crédito para grandes empresas que, segundo ele, sustentariam a atividade de fornecedores de menor parte. Ele citou ainda as linhas disponibilizadas para o capital de giro de micro e pequenas empresas.
"Enquanto o Brasil organiza a volta segura ao trabalho, não poderia faltar crédito para o capital de giro para que as empresas voltem a se integrar nas cadeias produtivas", afirmou o ministro. "Mas ainda é impossível dizer quanto tempo durará pandemia no Brasil, já a decisão sobre confinamento é descentralizada e cabe a prefeitos e governadores", acrescentou.
O ministro considerou ainda que "apenas" cerca de 1 milhão de pessoas com carteira assinada foram demitidas na atual crise, enquanto o programa de redução de jornada e salários preservou mais de 10 milhões de vagas formais. "Nossa política pública suplementa o salário do trabalhador para que ele possa ser mantido", completou.
Guedes também detalhou o pagamento por cinco meses do auxílio emergencial de R$ 600 para desempregados e informais. Ele lembrou que o benefício é pago a 64 milhões de pessoas.
"Descobrimos 38 milhões de brasileiros invisíveis, fora do mercado formal de trabalho. A pandemia deixou exposta a fragilidade e a profunda desigualdade do sistema econômico brasileiro. Apesar do gasto público ter passado de 18% do PIB para 45% do PIB nas últimas quatro décadas, o Brasil gastou mal esses recursos", acrescentou Guedes.
O ministro voltou a prometer o lançamento de um programa de renda permanente após a pandemia, com uma "rampa de ascensão" social que passar por uma formalização maior do trabalho. "Para cada brasileiro empregado, outro perde o emprego devido à carga de tributos na folha de pagamento. Precisamos criar um sistema que abrace, proteja e dignifique o trabalho desses 38 milhões de informais", concluiu.
Na cúpula, o secretário-geral da OCDE, Angel Gurria, considerou ser um "falso dilema" contrapor saúde e economia e ressaltou que o distanciamento social é a única opção até que haja uma vacina. Ele ressaltou a necessidade de programas de proteção para trabalhadores informais e autônomos. "O setor informal enfrenta o duro dilema de escolher entre o vírus e a fome", declarou.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.