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População desocupada somou 11,5 milhões entre 28 de junho e 4 de julho, diz IBGE

Mulher usando máscara de proteção mostra preocupação e tristeza - Getty Images
Mulher usando máscara de proteção mostra preocupação e tristeza Imagem: Getty Images

Denise Luna

Rio

24/07/2020 10h06

A taxa de desocupação ficou em 12,3% na semana de 28 de junho a 4 de julho, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Covid (Pnad Covid), divulgada hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A taxa ficou abaixo dos 13,1% registrados na semana anterior, porém acima dos 10,5% da primeira semana de maio, primeira semana de referência da nova pesquisa do IBGE.

Ao todo eram 11,5 milhões de desempregados na semana de 24 de junho a 4 de julho, indicando que 900 mil trabalhadores saíram do desemprego desde a semana passada. Em relação ao início da pesquisa, no entanto, 1,3 milhão de pessoas deixaram o emprego.

O total de pessoas sem emprego caiu para 28,7 milhões quando se leva em conta a população não ocupada que não procurou trabalho (ou seja, fora da força de trabalho), mas que gostaria de trabalhar. Das pessoas fora da força de trabalho que gostariam de trabalhar, 19,4 milhões deixaram de buscar um emprego por causa da pandemia de covid-19 ou por falta de trabalho em sua localidade.

A população ocupada ficou em 81,8 milhões de pessoas na semana de 24 de junho a 4 de julho, em queda em relação à semana anterior (82,5 milhões) e à primeira semana de maio (83,9 milhões).

Do total de ocupados, 10,1% (8,3 milhões de trabalhadores) estavam afastados por causa de medidas de isolamento social relacionados à covid-19, abaixo dos 19,8% da primeira semana de maio. Essa proporção vem se reduzindo semana a semana, sinalizando para um retorno dos trabalhadores a suas atividades.

Ainda entre os ocupados, 8,9 milhões, ou 12,5% do total, exerciam suas atividades remotamente, trabalhando de casa. Esse contingente tem se mantido estável desde o início da Pnad Covid.

A nova pesquisa é uma versão da Pnad Contínua, planejada em parceria com o Ministério da Saúde, para levantar dados sobre o mercado de trabalho e saúde. A coleta mobiliza cerca de 2 mil agentes do IBGE, que levantam informações de 193,6 mil domicílios distribuídos em 3.364 municípios de todos os Estados do País.