ACSP: Vendas do comércio paulistano sobem 19,8% desde início da reabertura
"Com a economia reabrindo aos poucos, a ampliação do horário de funcionamento das lojas e novos setores sendo flexibilizados, como bares e restaurantes e academias, a tendência é de que o comércio se recupere gradualmente", afirma Marcel Solimeo, economista da ACSP.
De acordo com Solimeo, a alta se deve ao crescimento do número de pessoas voltaram a trabalhar e ao aumento do movimento nas ruas "o que é bom também para as lojas", diz. Para o economista, as vendas devem se recuperar lentamente após as fortes quedas no setor devido a pandemia do novo coronavírus.
O balanço publicado pela entidade também demonstra que o movimento de vendas a prazo cresceu 25,6% e o sistema de vendas à vista aumentou 14% em julho, em comparação ao mês anterior.
Pelos dados do Balanço da ACSP, as vendas a prazo registraram queda de 35,7% em julho ante igual período de 2019. Já as vendas à vista recuaram 59,7%. A queda média foi de 47,7%.
"Essa lentidão se deve ainda ao receio de muitos consumidores saírem de casa, mas principalmente pela queda de renda, que se acentuou nos últimos meses", lembra Solimeo.
Para o economista, a expectativa agora é que São Paulo passe o quanto antes para a fase verde do plano de flexibilização do governo - quando fica liberado o funcionamento de todos os estabelecimentos comerciais e de serviços, incluindo academias e praças de alimentação dos shoppings, e a capacidade limitada aumenta 40% para 60% da capacidade máxima do local - para que a economia ganhe um pouco mais de ritmo. "Mas, por enquanto, o Dia dos Pais deve ser uma motivação adicional para dar força ao varejo", destaca.
O Balanço de Vendas é elaborado pelo Instituto de Economia da ACSP, com base em amostra fornecida pela Boa Vista Serviços.
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