Indicador Antecedente de Emprego avança 9,2 pontos em julho ante junho, diz FGV
"A terceira alta consecutiva do IAEmp sugere continuidade no movimento de recuperação do mercado de trabalho. Contudo, apesar das altas significativas, o indicador se mantém em níveis muito baixos em termos históricos, sugerindo cautela das empresas para contratar em função da elevada incerteza e da dificuldade em se vislumbrar uma retomada rápida da economia. Para os próximos meses, a expectativa é de continuidade desse cenário de retomada gradual", avaliou Rodolpho Tobler, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) recuou 0,2 ponto em julho ante junho, para 97,2 pontos.
"O resultado de julho mostra o ICD acomodado em patamar elevado. Depois de registrar piora no início da pandemia, o indicador vem recuperando parte do que foi perdido sugerindo ligeira melhora na taxa de desemprego", completou Rodolpho Tobler.
O ICD é um indicador com sinal semelhante ao da taxa de desemprego, ou seja, quanto maior o número, pior o resultado. Já o IAEmp sugere expectativa de geração de vagas adiante, quanto menor o patamar, menos satisfatório o resultado.
O ICD é construído a partir dos dados desagregados, em quatro classes de renda familiar, da pergunta da Sondagem do Consumidor que procura captar a percepção sobre a situação presente do mercado de trabalho. O IAEmp é formado por uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, todas apuradas pela FGV. O objetivo é antecipar os rumos do mercado de trabalho no País.
No IAEmp, todos os sete componentes avançaram em julho. O item de Emprego Previsto na Indústria subiu 20,6 pontos, enquanto a Tendência de Negócios da Indústria aumentou 20,3 pontos. Ambos os componentes registraram uma sequência de quatro altas consecutivas, mas permanecem abaixo do patamar pré-pandemia.
No ICD, a maior contribuição para a ligeira queda de julho foi das famílias de maior poder aquisitivo, que recebem acima de R$ 9,6 mil mensais.
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