Auxílio emergencial aparece pouco na alta do volume de serviços, diz IBGE
Vinicius Neder
Rio
11/09/2020 12h24
Ele destacou que a recuperação dos serviços, que cresceram 2,6% em julho ante junho, após uma alta de 5,2% em junho ante maio, está sendo puxada por atividades que não têm a ver com demanda das famílias, como serviços de tecnologia da informação e o transporte de cargas. Com queda de 3,9%, os serviços prestados às famílias foram a única atividade a cair em julho ante junho.
"O auxílio aparece pouco. Os segmentos de serviços que mostram bom desempenho não têm muito a ver com demanda das famílias", disse Lobo.
O pesquisador lembrou que os serviços prestados às famílias, como restaurantes, salões de beleza e todos os serviços associados ao turismo, se destacam por seu caráter não essencial.
"Os aumentos de renda, sejam do auxílio emergencial (para trabalhadores informais) sejam dos auxílios para a manutenção dos empregos, não é direcionada para as pessoas viajarem ou saírem para comer fora, mas para necessidades mais essenciais, como ir ao supermercado", afirmou Lobo.