IBC-Br sobe 2,15% em julho ante junho, com ajuste, revela BC
Os efeitos da pandemia do novo coronavírus sobre a economia, apesar de percebidos em fevereiro, se intensificaram em todo o mundo a partir de março. Para conter o número de mortos, o Brasil adotou o isolamento social em boa parte do território, o que impactou a atividade econômica. Os efeitos negativos foram percebidos principalmente em março e abril. Nos últimos três meses, porém, o IBC-Br já demonstrou reação.
De junho para julho, o índice de atividade calculado pelo BC passou de 128,10 pontos para 130,85 pontos na série dessazonalizada. Este é o maior patamar desde março deste ano (131,76 pontos).
Na comparação entre os meses de julho de 2020 e julho de 2019, houve baixa de 4,89% na série sem ajustes sazonais. Esta série encerrou com o IBC-Br em 135,92 pontos em julho, o menor patamar para o mês desde 2009 (131,44 pontos).
Valor acumulado
Apesar do terceiro mês consecutivo de melhora na atividade econômica, o BC informou que o IBC-Br registrou queda de 2,71% no acumulado de maio a julho de 2020, na comparação com o trimestre de fevereiro a abril, pela série ajustada sazonalmente.
O BC informou ainda que o IBC-Br acumulou baixa de 8,23% no acumulado de maio a julho de 2020 ante o mesmo período de 2019, pela série sem ajustes sazonais.
Conhecido como uma espécie de "prévia do BC para o PIB", o IBC-Br serve mais precisamente como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses. A projeção atual do BC para a atividade doméstica em 2020 é de retração de 6,4%. Este cálculo foi divulgado por meio do Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de junho.
No Relatório de Mercado Focus divulgado na manhã desta segunda-feira pelo Banco Central, a projeção é de queda de 5,11% do PIB em 2020. O Focus reúne as projeções dos economistas do mercado financeiro.
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