IFF: preços das commodities seguem sujeitos a altos níveis de incertezas
Para 2021, a instituição caracteriza os riscos no setor como "equilibrados". "Do lado positivo, a contenção mais rápida da pandemia poderia apoiar preços mais altos, levando a uma recuperação mais forte da demanda. No lado negativo, a persistência da pandemia poderia criar um obstáculo duradouro ao crescimento econômico global", explica.
Sobre o petróleo, o IFF projeta que o barril de Brent rondará uma média de US$ 42 este ano e US$ 46 no próximo. No entanto, para o Instituto, as previsões são imponderáveis, já que a retomada estará sensível à evolução da covid-19. "Projetamos queda de 10% na demanda global por petróleo este ano, seguido por um crescimento de 6% em 2021", estima.
O órgão estima ainda que os preços de metais básicos cairão 2% em 2020 e subirão 4% em 2021, com uma "recuperação modesta" na América Latina. Nos últimos meses, a produção de cobre e zinco voltou a avançar, embora esteja sendo limitada por falta de investimentos em novas minas. "Isso, combinado com uma aceleração gradual na demanda global, pode levar a menores estoques e levemente preços mais altos de zinco e cobre", destaca.
De acordo com o IFF, os gastos de capitais com metais diminuíram, o que pressionou a oferta. O relatório cita a queda na produção de minério de ferro no Brasil, de cobre no Chile e de zinco no Alasca. "Entretanto, a produção de mineração na maior parte das Américas já estava estagnada antes da crise. Como resultado, o índice de preços de commodities de metais recuperou a maior parte das perdas de 2020", revela.
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