'Nova CPFM' não está em discussão no Congresso, diz Roberto Rocha
"É muito delicado esse assunto. Pode de algum modo contaminar a reforma (tributária), porque não há ambiente político para discutir isso", disse para jornalistas na chegada ao Palácio do Planalto. Nesta quarta-feira, o senador, que é líder da maioria no Congresso, tem reunião com presidente Jair Bolsonaro e o ministro Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo.
Um imposto sobre transações digitais é discutido pelo Planalto e articulado pelos líderes do governo entre os parlamentares. A recriação do tributo seria uma tentativa de manter o veto à desoneração da folha de pagamentos de 17 setores por um prazo de mais ano. Com a aprovação do novo tributo temporário, o governo poderia começar a redução dos encargos que as empresas pagam sobre os salários dos funcionários.
"Na realidade, não é criar um imposto que o governo quer. O que o governo quer é desonerar a folha", ponderou Rocha. "A maneira que encontra para desonerar a folha é criando esta movimentação financeira. Ou faz assim ou aumenta no IVA (Imposto sobre o Valor Agregado), aumentando a carga tributária. Mas esse é um assunto delicado, que não me parece oportuno discutir agora nesse momento", declarou.
Rocha avaliou que o melhor seria votar a reforma tributária que já está em tramitação no Congresso. Ele afirmou que a comissão deve cumprir o calendário previsto, com a leitura do relatório, do deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), na semana que vem.
"Temos um calendário e nós vamos cumprir o calendário (da reforma tributária). Deve ser lido o relatório na próxima semana. É dado vista coletiva e, na sequência, vota no dia 7 de outubro na comissão mista", informou.
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