Roraima propõe renegociar juros e outros encargos
Sobre a inadimplência durante sua gestão (calculada pela concessionária em R$ 81,5 milhões), ele respondeu que não vai pagar nenhuma conta enquanto a própria Roraima Energia não saldar o que deve ao governo estadual. Em fevereiro do ano passado, a concessionária comprou a Centrais Elétricas de Roraima (CERR), geradora que pertencia ao governo estadual, por R$ 297 milhões, mas, segundo o governador, a concessionária não pagou até hoje.
"Eles arremataram essa empresa por R$ 300 milhões, só que não pagaram um centavo até agora. Eles também devem para nós. Por isso, também não estamos pagando a conta de energia do mês, porque está sendo feito um acordo", justificou o governador.
Proposta
A proposta do governo é que o valor da compra seja abatido da dívida de R$ 739 milhões, mas que o saldo restante seja renegociado. "Nós estamos fazendo um acerto com a Roraima Energia, para zerar a conta e o Estado passar a pagar a conta de energia em dia. Nós solicitamos que fossem retirados juros e multa, para apurar o saldo devedor, e assim o Estado receber pela venda da CERR, e que fosse feito o acerto final", comentou Danarium. "Tem de tirar todos os juros, encargos, multas, para que haja a possibilidade de fazer esse acerto. Fazendo isso, o governo não vai atrasar um dia no pagamento de sua conta de energia."
Segundo Danarium, "o governo do Estado está falido e quebrado", e não tem condição de bancar o preço atual. "Não nos negamos a pagar conta, mas temos de fazer o acerto. Temos de resolver o problema deles e o do governo também. Estamos próximos do acerto."
Em sua carta, a diretoria da Roraima Energia afirma que o pagamento das dívidas vai permitir que a empresa passe a comprar o volume que precisa de combustível, "afastando assim a possibilidade de racionamento". Questionado sobre esse risco de corte no abastecimento de energia no Estado, o governador afirmou que "isso é só pressão do credor" e que "não tem possibilidade de acontecer".
Por meio de nota, a Roraima Energia informou que "esta semana foi realizada reunião com representante do governo estadual, havendo previsão de possível acordo até a próxima semana, evitando assim problemas com fornecimento".
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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