Inflação de alimentos traz impacto negativo às vendas nos supermercados, diz IBGE
O pesquisador destacou que a receita nominal do segmento de Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo subiu 1,9% em setembro ante agosto, mas, com o deflacionamento, a variação do volume de vendas passou para o "campo negativo".
"A influência da inflação no volume é clara, sobretudo nos alimentos", afirmou Santos, em entrevista coletiva online para comentar os números.
Questionado se, além da inflação, a redução do valor do auxílio emergencial pago pelo governo federal a trabalhadores informais de baixa renda, para mitigar os efeitos da crise causada pela pandemia de covid-19, teria efeito também sobre o desempenho das vendas dos supermercados, Santos destacou que os impactos da transferência de renda ainda foram positivos em setembro. A partir daquele mês, o valor mensal do auxílio foi reduzido de R$ 600 para R$ 300.
"Com relação à diminuição do auxílio, a leitura é que, no mês de setembro, ele foi positivo para o rendimento das famílias", disse Santos.
Segundo o pesquisador do IBGE, as vendas do varejo também tiveram um impulso positivo do crédito, com a redução dos juros aos níveis mínimos já registrados contribuindo para o aumento das concessões de financiamentos, enquanto a inadimplência permanece baixa.
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