Relatório sobre causa de apagão ficará pronto nos próximos 10 dias, diz Aneel
"Acredito que nos próximos 10 dias teremos relatório de análise de perturbação, que vai apontar tudo o que aconteceu no caso da subestação", afirmou Pepitone.
A subestação é operada pela Linhas de Macapá Transmissora de Energia (LTME) - da qual a Gemini Energy detém 85% de participação na linha.
Segundo Pepitone, a partir desse relatório, três medidas podem ser tomadas. Uma delas é a aplicação de multa por cada não conformidade que for identificada no caso, de 2% da receita da empresa. Outra possibilidade prevista em lei é a caducidade ou intervenção na concessão.
"A fiscalização pode nos dar elementos para caducidade ou intervenção da concessão", disse Pepitone.
O documento pode ainda municiar uma eventual ação civil pública para reparação de danos, ponto sobre o qual o Ministério Público Federal (MPF) pode ser um aliado. Pepitone lembrou que o óleo que precisa ser transportado para alimentar os geradores que vão atender emergencialmente a população geram custos para o sistema elétrico, o que pode ser ressarcido por meio de uma eventual ação na Justiça.
Ainda do ponto de vista da regulação, em nível administrativo, o diretor-geral da Aneel garantiu que todos os consumidores que tiverem equipamentos queimados em razão das falhas no suprimento da energia serão ressarcidos.
"Do ponto de vista da regulação, nós estamos garantindo que todos os consumidores que tiverem equipamentos queimados ocasionado por falta de alimentação de energia serão ressarcidos dentro do setor elétrico", disse.
Ao ser questionado sobre como uma falha nessa amplitude poderia ocorrer nos dias atuais, Pepitone afirmou que nenhum sistema elétrico é infalivel. "O que não podemos aceitar é negligência, somente o relatório vai nos dar condição para apurar correta causa", disse.
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