IPC-S sobe 0,94% em novembro e tem maior variação mensal desde junho de 2018
A inflação medida pelo IPC-S de novembro superou o teto das estimativas do mercado apuradas pelo Projeções Broadcast, de 0,90%. A mediana da pesquisa era de 0,87% e o piso, de 0,73%.
A alta de 0,94% também foi a maior inflação mensal desde junho de 2018, quando o índice havia subido 1,19%.
O IPC-S acumula alta de 4,06% em 2020 e de 4,86% em 12 meses.
Na comparação com a terceira quadrissemana, seis das oito classes de despesa que compõem o índice tiveram aceleração. A maior contribuição sobre o IPC-S cheio partiu do grupo Educação, Leitura e Recreação, que acelerou de 1,79% para 3,0%, puxado pelo encarecimento das passagens aéreas (14,07% para 24,19%).
Também houve acréscimo nas taxas de Alimentação (1,69% para 1,88%), com carnes e peixes industrializados (1,84% para 2,38%); Habitação (0,23% para 0,33%), puxada por tarifa de eletricidade residencial (-0,14% para 0,16%); Comunicação (0,09% para 0,14%), devido a combo de telefonia, internet e TV por assinatura (0,19% para 0,29%); Despesas Diversas (-0,01% para 0,09%), com serviços bancários (0,13% para 0,25%); e Saúde e Cuidados Pessoais (0,17% para 0,18%), puxada por medicamentos em geral (0,20% para 0,37%).
Na outra ponta, dois grupos perderam tração: Vestuário (0,29% para 0,04%), puxado pela desaceleração de roupas (0,32% para 0,01%); e Transportes (0,94% para 0,93%), com alívio nos custos de serviço de reparo em automóvel (0,36% para 0,13%).
Influências individuais
As principais influências para cima sobre o IPC-S de novembro partiram de gasolina (estável em 1,99%), batata inglesa (33,33% para 31,72%), tomate (21,70% para 18,63%) e etanol (7,95% para 7,46%), além da passagem aérea. Em contrapartida, ajudaram a conter a aceleração do índice o leite longa vida (-2,52% para -1,74%), manga (-14,79% para -15,36%), limão (-19,63% para -24,07%), cebola (-10,94% para -4,65%) e creme dental (-0,71% para -2,17%).
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