Não dá para dizer que há pressão de demanda no IPCA, diz IBGE
"Tem 22 subitens de serviços com alta em novembro ante 24 subitens em outubro, mais ou menos o mesmo patamar. A desaceleração na inflação de serviços foi puxada pelas passagens aéreas", apontou Kislanov.
As passagens aéreas saíram de uma elevação de 39,83% em outubro para 3,22% em novembro.
"Não dá para dizer que tem pressão de demanda. Estamos num momento de recuperação econômica. O PIB cresceu 7,7% no terceiro trimestre, mas ainda não foi suficiente para recuperar a queda da pandemia. Tem mais de 14 milhões de desempregados, a massa de rendimentos ainda está menor que no ano passado. Então a economia está em recuperação, mas ainda não zerou as perdas da pandemia", justificou Kislanov, que espera um possível reflexo de demanda sobre os preços da economia quando houver um movimento mais significativo de retomada e de contratações. "No momento, a gente ainda não sente esse reflexo sobre a inflação", disse.
O índice de difusão do IPCA, que mostra o porcentual de itens com aumentos de preços, desceu de 68% em outubro para 67% em novembro. Por outro lado, entre os itens alimentícios, a difusão cresceu de 73% em outubro para 80% em novembro. Ou seja, há menos itens não alimentícios com reajustes em novembro do que em outubro, o que pode refletir as promoções da campanha Black Friday no varejo.
"Pode ser, a gente não tem como afirmar isso. A coleta de novembro fechou exatamente no dia 27 de novembro, dia da Black Friday mesmo, mas houve algumas promoções ao longo do mês. Pode ter efeito de Black Friday e de alguns descontos que foram concedidos", confirmou Kislanov.
Ainda no IPCA, a inflação de bens e serviços monitorados pelo governo saiu de uma elevação de 0,23% em outubro para alta de 0,41% em novembro.
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