Produção de motos sobe 14,5% em novembro ante outubro, diz Abraciclo
Ao apresentar os resultados, Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo, disse que a demanda está aquecida em razão da migração do transporte público ao transporte individual, sendo a motocicleta um veículo acessível num momento em que as pessoas buscam prevenção ao coronavírus.
Além disso, a demanda por motos se beneficia do boom dos serviços de entrega (delivery) desde a chegada da pandemia.
Fermanian afirmou durante entrevista coletiva à imprensa que a produção das montadoras de motos é limitada, contudo, pelos protocolos de prevenção ao vírus, que fazem com que menos operários trabalhem ao mesmo tempo para evitar aglomerações nas linhas de montagem.
Segundo ele, a situação de insuficiência de insumos apontada por setores industriais tem sido "administrável" nas fábricas de motos.
De janeiro a novembro, a indústria de motos produziu 888,5 mil unidades, com queda de 14,5% em relação aos 11 primeiros meses de 2019. A expectativa é que o setor, que já chegou a produzir mais de 2,1 milhões de motos (marca de 2008), feche 2020 com recuo de 15,4%, totalizando 937 mil motos fabricadas.
A Abraciclo ainda não tem as previsões para o ano que vem, mas Fermanian adiantou hoje que a expectativa é de que a indústria, pelo menos, se recupere do tombo de 2020, retomando os volumes de 2019.
"Esperamos, no mínimo, voltar ao patamar de 2019, zerando esse déficit aberto em 2020", comentou o executivo.
Ele ponderou que há apreensão quanto à continuidade da recuperação econômica diante da perspectiva de retirada do auxílio emergencial e do nível recorde de desemprego.
No mês passado, as montadoras entregaram 101,9 mil motos às concessionárias, com alta de 8% na comparação com novembro de 2019 e de 12,2% frente a outubro. No acumulado desde janeiro, as vendas no atacado mostram queda de 15,3%, num total de 858,3 mil unidades nos 11 meses.
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