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Benefícios gerados pelo Mercosul incentivam integração maior, diz Bolsonaro

Emilly Behnke

Brasília

16/12/2020 13h10

Em reunião virtual da cúpula do Mercosul, o presidente da República, Jair Bolsonaro, destacou que benefícios e ganhos econômicos gerados incentivam "uma integração regional cada vez maior" do bloco. Ele citou, contudo, "entraves pontuais" e pediu que países membros deixem de lado "discordâncias".

Ao lado dos ministros Paulo Guedes, da Economia, e Ernesto Araújo, das Relações Exteriores, Bolsonaro também comentou a atuação do bloco durante a pandemia da covid-19. "No âmbito comercial, não posso deixar de manifestar preocupação com o ressurgimento de entraves pontuais entre os estados partes. Devemos deixar de lado essas discordâncias que pertencem a um passado já superado. Precisamos trabalhar juntos para não sermos ultrapassados por outros mecanismos que almejam objetivos similares aos nossos", disse.

O presidente destacou que o bloco se manteve ativo durante um ano "atípico" de crise sanitária global e atuou com "flexibilidade e pragmatismo", o que, segundo ele, se repetirá em 2021. "Ressalto que as diferenças entre os nossos governos na condução da agenda econômica e comercial não levaram a impasses que poderiam colocar em risco o andamento de nossa agenda comum. A busca pelo consenso no Mercosul não significou inércia ou estagnação", observou.

Bolsonaro ressaltou que é preciso "reforçar a natureza democrática" do bloco. "Estou convicto de que nosso projeto de integração é ancorado não apenas em premissas econômicas, mas sobretudo em princípios e valores democráticos dos quais não se pode abrir mão", afirmou.

De acordo com Bolsonaro, o Mercosul é um aliado nas reformas estruturantes que o governo brasileiro busca promover no País.

Ele ainda destacou parcerias com o Paraguai e Uruguai, em especial para "facilitar a vida de populações fronteiriças".

Bolsonaro também parabenizou o governo do Uruguai pelo trabalho na liderança do bloco em 2020 e fez "votos de êxito" ao presidente Alberto Fernández, da Argentina, que presidirá o bloco a partir do ano que vem.