Trabalhadores remotos são 9,6% dos ocupados e concentram 18,5% da massa salarial
Em outubro, havia 7,6 milhões de pessoas em trabalho remoto, o equivalente a 9,6% dos 79,4 milhões de ocupados e não afastados de seus trabalhos no período. A remuneração recebida por esses trabalhadores totalizou R$ 33,6 bilhões, dentro de uma massa salarial efetivamente recebida de R$ 181,5 bilhões pelos trabalhadores ocupados.
O Ipea usou como base os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Covid-19 (Pnad Covid) de outubro, apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De todos os rendimentos recebidos pelos trabalhadores remotos, 39,1% estavam concentrados em São Paulo; 15,0%, no Rio de Janeiro; e 5,6%, no Paraná.
Se considerada a massa de renda obtida por todos os trabalhadores, inclusive os que atuavam presencialmente, a fatia dirigida às pessoas em home office alcançava 32,98% no Distrito Federal. No Rio de Janeiro, 29,14% da massa efetivamente recebida por trabalhadores do Estado eram de pessoas em trabalho remoto. Em São Paulo, 24,15% da massa salarial eram de trabalhadores remotos.
O contingente de pessoas em trabalho remoto no País diminuiu em 477 mil pessoas em relação a setembro, embora o total de ocupados tenha subido a 84,1 milhões de pessoas em outubro, 1,2 milhões de vagas a mais que no mês anterior.
O setor de serviços emprega 44,3% dos trabalhadores em home office, seguido pelo setor público (38,4%) e indústria (7,0%). No mês de outubro, 6,4 milhões dos trabalhadores remotos (84,1%) atuavam no setor formal, enquanto 1,2 milhão estava na informalidade (15,9%).
Entre os que estavam em trabalho remoto, 65,0% eram brancos. Quanto à escolaridade, 76,0% desses trabalhadores completaram o ensino superior. Regionalmente, o Sudeste concentra 58,4% dos trabalhadores remotos, seguido por Nordeste (15,9%), Sul (14,5%), Centro-Oeste (7,9%) e Norte (3,3%).
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