BR Properties vê avanço em locação de torre de escritórios
Até então, investidores estavam receosos sobre a capacidade da companhia em atrair inquilinos para o edifício, cuja obra ficou pronta no fim do ano passado, em meio à pandemia. Neste mês, as outras duas torres no complexo estão sendo entregues.
Avançar nas locações neste momento é uma sinalização importante ao mercado de que os imóveis não ficarão vazios, argumenta o presidente da BR Properties, Martin Jaco. "Não significa que o céu está cor-de-rosa. O mercado está difícil, de fato. Mas temos em nossa carteira os empreendimentos que os inquilinos desejam ocupar", disse o executivo.
Segundo a JLL, empresa que acompanha o mercado de imóveis corporativos, a taxa de vacância em edifícios de alto padrão em São Paulo subiu 2 pontos porcentuais no terceiro trimestre de 2020, ante os três meses anteriores, para 19,3%. O total de espaços vazios é bem maior na região definida como Berrini/Chucri, justamente onde fica o Parque da Cidade. Nessa área, a vacância era de 45,9% ao fim de setembro.
Os primeiros inquilinos da BR Properties no Parque da Cidade são empresas dos ramos de seguros, energia e serviços, além de uma holding. O executivo não revela os valores de locação e se limita a afirmar que os números estão "dentro das expectativas".
A análise de viabilidade da BR Properties para o Parque da Cidade considera locações na ordem de R$ 100 por metro quadrado para garantir a viabilidade financeira da operação. Já os contratos mais recentes fechados em outros edifícios de classe 'AAA' na região se aproximaram dos R$ 130 por m².
Histórico
O lançamento do empreendimento Parque da Cidade foi feito com pompa pela Odebrecht Realizações Imobiliárias quase uma década atrás. Abatida pela Operação Lava Jato, a construtora ficou sem dinheiro e acabou destrinchando e vendendo o negócio para investidores imobiliários.
A BR Properties comprou três torres corporativas (Aroeira, Jacarandá e Paineiras) da gestora HSI, em 2019. Nas duas primeiras, adquiriu 100%. Na terceira, 30%. Ao todo, foram desembolsados quase R$ 1,5 bilhão nas aquisições, concluídas na última quarta-feira.
O Parque da Cidade conta com mais duas torres corporativas já em operação, controladas pelo fundos Previ e BC Fund e pelo conglomerado chinês Fosun. Também há um prédio de salas comerciais, shopping center, hotel, dois prédios residenciais e uma área verde com parque linear.
"Estamos certos da aquisição que fizemos", reforça o diretor financeiro e de relações com investidores, André Bergstein. "A cidade de São Paulo terá poucos novos edifícios a serem entregues nos próximos anos."
Bergstein acrescentou que há mais negociações em andamento. Parte das empresas que paralisaram as conversas durante a quarentena já retomaram o contato. "Há demanda por ativos de qualidade", ressalta.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso do UOL.