Guedes cobra responsabilidade fiscal diante da pressão por nova rodada do auxílio
"Nós temos um compromisso com as futuras gerações do País. Nós temos que pagar pelas nossas guerras", disse Guedes após a reunião. "Se nós estamos em guerra com o vírus, nós temos que arcar com essa guerra e não simplesmente empurrar irresponsavelmente esses custos para as gerações futuras."
O ministro da Economia condiciona a retomada do benefício à aprovação do Orçamento de 2021 e das propostas em tramitação no Senado que preveem corte de gastos. O Legislativo, porém, pressiona pelo auxílio assistencial, mas sem garantias de redução de despesas em tempo hábil.
Um imposto temporário para bancar o auxílio entrou no radar do governo e de parlamentares. O ministro, porém, tentou afastar essa possibilidade diante da falta de ambiente político para aumento de tributos, conforme o Broadcast Político (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) apurou.
Em declaração à imprensa, Guedes evitou comentar sobre a possibilidade de um novo crédito extraordinário neste ano para bancar o auxílio. Esse instrumento deixaria a despesa fora do teto, mas aumentaria a dívida da União. O ministro tem defendido a aprovação de uma "cláusula de calamidade" para dar base jurídica a esse tipo de decisão.
Guedes citou a demanda social exposta por líderes do Congresso, mas reforçou que também há compromisso com as contas públicas entre os parlamentares.
Flávia Arruda e Marcio Bittar afirmaram que o gesto de ir até o ministro após a instalação da CMO reforça o compromisso com um orçamento que atenda às necessidades sociais e ao mesmo tempo tenha responsabilidade fiscal.
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