Na ONU, entidades multilaterais defendem ampliar alívio à dívida de emergentes
A situação, porém, diverge entre os países mais desenvolvidos, emergentes e de baixa renda, notou a dirigente. De acordo com ela, as economias mais pobres e emergentes, com exceção da China, devem acumular perdas de até 20% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2022 por conta da crise, contra até 11% em nações mais ricas.
A perspectiva não só expõe a fragilidade de alguns países, como também coloca em cheque a vacinação contra a covid-19 e a subsequente recuperação da economia global, alertou o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres.
Preocupada com o tema, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que a União Europeia dobrou sua contribuição à iniciativa Covax, da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Diante deste cenário, o secretário-geral da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Angel Gurría, afirmou ser essencial dar maior alívio ao serviço da dívida de países de baixa renda, por meio ferramentas como a Iniciativa de Suspensão do Serviço da Dívida (DSSI, na sigla em inglês), que deve ser estendida até o fim de 2021, segundo o primeiro-ministro da Itália e atual presidente do Grupo dos 20, Mario Draghi.
Gurría afirmou que a iniciativa ajudou a melhorar a liquidez de países emergentes e de baixo desenvolvimento, em apoio que pode ser estendido a mais US$ 7,3 bilhões, segundo o presidente do Banco Mundial, David Malpass, que também participou da sessão. Malpass também apontou para a alocação de mais recursos para conceder empréstimos a nações pobres entre as necessidades para apoiar uma recuperação sustentável da economia. O instrumento também conta também com o apoio da UE, segundo von der Leyen.
Outra preocupação do presidente do Banco Mundial é a mudança climática, que pode limitar a recuperação da economia de países emergentes, segundo ele.
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