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Guedes sinaliza elevar isenção na taxação de lucros e dividendos

13 jul. 2021 - Ministro da Economia, Paulo Guedes, em cerimônia de sanção da Lei de Capitalização da Eletrobras - Wallace Martins/Futura Press/Estadão Conteúdo
13 jul. 2021 - Ministro da Economia, Paulo Guedes, em cerimônia de sanção da Lei de Capitalização da Eletrobras Imagem: Wallace Martins/Futura Press/Estadão Conteúdo

Eduardo Laguna, Francisco Carlos de Assis e Anne Warth

Do Estadão Conteúdo, em São Paulo e Brasília

22/07/2021 22h21Atualizada em 23/07/2021 09h17

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse ontem que os princípios da reforma tributária são claros: as empresas pagam menos e os "afluentes", referindo-se a investidores super ricos, pagam mais.

Feito durante evento promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), junto com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o comentário refere-se à proposta de tributar a distribuição de dividendos em 20% para desonerar o imposto de renda cobrado da pessoa jurídica. Guedes abriu, em sua participação, a possibilidade de elevar o teto de isenção na tributação de dividendos, por ora previsto em R$ 20 mil, de modo a não prejudicar profissionais liberais.

"Se precisar subir mais um pouquinho, sobe mais um pouco. Não quero mexer com dentista, médico, profissional liberal, não queremos atingir a classe média, nada disso. Queremos tributar os mais afluentes e desonerar as empresas e assalariados", afirmou Guedes.

Durante o evento, Guedes voltou a reconhecer que a primeira versão da reforma do Imposto de Renda, que recebeu fortes críticas do setor privado, tinha erros na calibragem de alíquotas. "Não temos compromisso com o erro", assinalou o ministro, atribuindo erros na dose das alíquotas ao que chamou de máquina "treinada para arrecadar".

O titular da equipe econômica manifestou confiança no avanço da agenda reformista, com aprovação até o fim do ano da privatização dos Correios e da reforma administrativa, além da reforma tributária. Ele assegurou ainda que o governo não vai colocar em risco a retomada do crescimento econômico sustentável.