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Sem acordo, comissão da reforma administrativa adia para hoje a votação de relatório

Plenário da Câmara dos Deputados - Cleia Viana/Câmara dos Deputados
Plenário da Câmara dos Deputados Imagem: Cleia Viana/Câmara dos Deputados

Matheus Piovesana

São Paulo

23/09/2021 08h30Atualizada em 23/09/2021 09h09

Depois de uma interrupção de quase uma hora ontem em busca de um acordo, a comissão especial da reforma administrativa na Câmara dos Deputados adiou para hoje a votação da PEC que muda as regras do RH do estado brasileiro. A nova sessão deve começar às 9 horas.

A oposição ameaçou ir ao Supremo Tribunal Federal (STF) para cancelar a reunião porque o relatório foi entregue depois do prazo combinado, e o relator, deputado Arthur Maia (DEM-BA), fez mudanças no texto depois que 26 destaques já haviam sido apresentados pelos deputados.

Em busca de um acordo para a votação ou a leitura do relatório, os membros da comissão interromperam a sessão por quase uma hora. Logo após a retomada, porém, os trabalhos foram encerrados.

O texto precisa passar pelo colegiado antes de seguir ao plenário da Câmara, onde tem de ser aprovado em dois turnos por 308 deputados ou mais antes de ir para o Senado.

Como mostrou o Broadcast Político (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), Maia retomou no relatório a possibilidade de redução em até 25% de jornadas e salários de servidores públicos, com a ressalva de que a medida só poderá ser adotada em cenário de crise fiscal, em alternativa ao desligamento de servidores.

A redução de jornada havia sido revogada totalmente na versão anterior do texto, que incluiu ainda outros benefícios para categorias policiais, o que gerou críticas e levou o relatório a ser chamado de "antirreforma".

O relator atendeu ainda a uma demanda da oposição e excluiu artigo que permitia aos governos federal, estaduais e municipais a realização de parcerias com a iniciativa privada para a realização de serviços públicos.

Maia também retirou a previsão de foro privilegiado para delegado-geral da Polícia Federal, e a transferência da PF para a competência do Judiciário, entre outros pontos.