Sinduscon-SP vê melhora no ritmo de contratações, mas teme volta das demissões
A indústria da construção brasileira abriu 32 mil (salto entre contratações menos demissões) em agosto, aumento de 1,29% em relação a julho, quando foram 29 mil, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quarta pelo Ministério do Trabalho.
O resultado de agosto foi melhor também que de junho (23 mil), maio (22 mil), abril (21 mil) e março (24 mil), mas ficou abaixo do verificado no começo do ano - janeiro e fevereiro (44 mil, em ambos) - quando o setor estava bastante aquecido.
Segundo o Sinduscon-SP, essa perda de fôlego ao longo do primeiro semestre resultou de uma deterioração no setor, com a explosão dos custos dos materiais de construção. Isso fez muitas incorporadoras reverem seus orçamentos e optarem por adiar ou até mesmo suspender o início de novos projetos.
A inflação descontrolada, o aumento dos juros e a perspectiva de desaceleração do Produto Interno Bruto (PIB) nacional em 2022 também influenciaram negativamente as contratações nos meses anteriores.
"O crescimento do emprego na construção demonstra a persistência do setor em superar os desafios de entregar as obras contratadas, a despeito das incertezas no ambiente econômico", afirmou o presidente do Sinduscon-SP, Odair Senra.
Mas, na sua visão, as preocupações continuam, a despeito do aumento na geração de postos de trabalho. "O setor está preocupado com a diminuição da demanda futura, por conta dessas mesmas incertezas, o que poderá levar mais adiante a mais demissões que contratações de trabalhadores", explicou, em nota distribuída à imprensa.
Ao todo, 2,511 milhões de pessoas trabalham com carteira assinada na construção civil pelo País inteiro. Neste ano, o setor criou 237,9 mil postos de trabalho com carteira assinada , aumento de 10,47%.
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