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Indicador de incerteza da FGV sobe em setembro e atinge maior nível desde março

Indicador de Incerteza da Economia subiu 14,3 pontos em setembro, informou a FGV. A crise política, institucional e hídrica contribuiu para a alta, aponta especialista - Mateus Bonomi/Estadão Conteúdo
Indicador de Incerteza da Economia subiu 14,3 pontos em setembro, informou a FGV. A crise política, institucional e hídrica contribuiu para a alta, aponta especialista Imagem: Mateus Bonomi/Estadão Conteúdo

Bruno Villas Bôas

Rio

30/09/2021 10h58Atualizada em 30/09/2021 12h11

O Indicador de Incerteza da Economia Brasileira (IIE-Br) subiu 14,3 pontos na passagem de agosto para setembro, para 133,9 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Foi o maior salto da incerteza, em um mês, desde abril de 2020. Com isso, o indicador atingiu o maior nível desde março de 2021.

O IIE-Br é formado por dois componentes: o IIE-Br Mídia, que faz o mapeamento nos principais jornais da frequência de notícias com menção à incerteza; e o IIE-Br Expectativa, que é construído a partir das dispersões das previsões para a taxa de câmbio e para o IPCA.

Segundo a FGV, a alta no IIE-Br em setembro foi puxada pelos dois componentes. O IIE-Br Mídia subiu 14,2 pontos, para 132,6 pontos, maior nível desde agosto de 2020. Já o IIE-Br Expectativa subiu 8,8 pontos, para 125 pontos, maior nível desde abril, conforme os dados divulgados.

"Entre os fatores que contribuíram para a alta estão as diversas crises do momento - política, institucional e hídrica, o cenário fiscal indefinido, a inflação ascendente e dúvidas remanescentes quanto à pandemia que injetaram uma dose adicional de incerteza no mês. Com todos esses choques, dificilmente o indicador convergirá para a (já elevada) média 2015-2019 em 2021, como parecia ser possível alguns meses atrás", afirma Anna Carolina Gouveia, economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).

A coleta do IIE-Br é realizada entre o dia 26 do mês anterior ao dia 25 do mês de referência.