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'Teto de gastos é apenas símbolo de austeridade', afirma Guedes

O ministro da Economia, Paulo Guedes, em coletiva de imprensa no dia 22 de outubro de 2021 - Washington Costa/ME
O ministro da Economia, Paulo Guedes, em coletiva de imprensa no dia 22 de outubro de 2021 Imagem: Washington Costa/ME

Do Estadão Conteúdo, em Brasília

11/11/2021 19h12

Após o governo dar aval para a mudança na fórmula de cálculo do teto de gastos na PEC dos Precatórios, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quinta-feira que a regra fiscal é "apenas um símbolo".

"O teto de gastos é apenas um símbolo, uma bandeira de austeridade. Não podemos ser dogmáticos a respeito dele. A prova é que se fôssemos respeitar o teto, teria sido uma tragédia econômica e sanitária mais agravada (em 2020). O teto é um símbolo de um sistema político que ainda não conseguiu assumir a responsabilidade pelo orçamento", afirmou o ministro, em participação no Itaú Macro Vision 2021.

Apesar de o governo ter bancado a alteração na fórmula de cálculo do teto de gastos, Guedes argumentou que o presidente Jair Bolsonaro é o único candidato de 2022 que não quer mexer na regra fiscal. "Todos os candidatos estão dizendo que vão mexer no teto. Os únicos que não estão dizendo somos nós", argumentou, voltando a defender uma desindexação completa dos orçamentos públicos.

Ações do BNDES

O ministro da Economia defendeu ainda que o BNDES transfira suas ações em estatais como a Petrobras para um fundo de erradicação da pobreza. "Temos um banco público carregando ações de uma estatal. Para que isso? Só para engordar carteira e pagarmos uma boa taxa de administração para quem está trabalhando no banco público. Não é razoável, não queremos isso", afirmou. "Para que o BNDES precisa de ação da JBS? Vende e transforma em ferrovia, hidrovia, faz um investimento qualquer", completou.