Guerra impacta preços de insumos, apura Fiesp
A guerra começou em 24 de fevereiro. Os preços internacionais recuaram, mas ainda estão, em alguns casos, maiores do que antes do conflito.
A Fiesp entrevistou 131 empresas do Estado de São Paulo, entre os dias 14 e 17 de março para ter um termômetro da percepção das empresas sobre os efeitos da guerra tanto pelo lado da alta de preços quanto pelas dificuldades em encontrar os insumos.
O resultado da pesquisa, obtido pelo Estadão, mostrou também que 29% das empresas verificaram impacto na oferta de insumos para produção em março e 36,6% esperam efeitos em abril.
FALTA
A dificuldade para encontrar as matérias-primas aumentou, mas não é um quadro de falta de produtos. Somente 3,1% das empresas relataram que não encontraram insumos em março.
Para o economista-chefe da Fiesp, Igor Rocha, a situação requer monitoramento, mas aparentemente o quadro está longe de um cenário similar ao da pandemia da covid-19 em 2020, quando houve desabastecimento e aumento de preços: "A guerra afetou a cadeia de suprimentos numa proporção menor do que a pandemia, mas faz com que o processo de normalização dessa fase agora tenha um retardo."
Rocha lembrou que a economia já caminha para uma perspectiva de normalização das cadeias produtivas num processo lento e paulatino, o que pode agora demorar mais um pouco.
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