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TCU nega participação de empregados da Eletrobras em debate público sobre a venda

Fachada da sede do TCU (Tribunal de Contas da União), em Brasília - Reprodução/TV Globo
Fachada da sede do TCU (Tribunal de Contas da União), em Brasília Imagem: Reprodução/TV Globo

Denise Luna

Rio

06/04/2022 15h17Atualizada em 06/04/2022 15h53

O ministro Aroldo Cedraz, do Tribunal de Contas da União (TCU), negou o pedido de participação da Associação dos Empregados da Eletrobras (Aeel) e do Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) no Diálogo Público que será realizado na quinta-feira, 7, no órgão, sobre a modelagem de venda da estatal, alegando "necessidade de manter os debates dentro de um tempo razoável e, sobretudo, com foco bem definido".

Segundo Cedraz, o evento vai avaliar exclusivamente os aspectos relacionados à modelagem do processo de capitalização e das demais normas aplicáveis, e não colocará em pauta a privatização da companhia, criticada pelos sindicalistas.

"Não estará em pauta na reunião, portanto, a decisão governamental pela privatização dessa importante companhia estatal, uma vez que essa etapa foi objeto de intensa discussão no âmbito do Congresso Nacional, a qual resultou em lei específica que disciplina a matéria", disse o ministro, em resposta ao pedido dos eletricitários.

Ainda de acordo com Cedraz, o debate público terá dois painéis. No primeiro, serão ouvidos "profundos conhecedores" do setor elétrico, que abordarão a modelagem do processo sob a ótica do Estado e das concessionárias de energia elétrica, em especial quanto às reestruturações societárias e aos mecanismos de controle propostos, bem como aos seus possíveis impactos sobre o mercado de energia.

No segundo painel, serão ouvidos representantes do setor financeiro, que trarão a visão do mercado sobre o processo de capitalização da Eletrobras, em particular quanto aos riscos que possam influenciar o interesse de investidores.

Cedraz termina a resposta informando aos empregados da empresa que o evento será transmitido pelo Youtube.

O Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) considerou a resposta de Cedraz "absurda" e deverá gerar algum tipo de manifestação da categoria, que ainda não foi definida.