Indicador da Boa Vista de Movimento do Comércio aponta para alta de 1,5% em maio
Isso significa que se o indicador da Boa Vista confirmar aderência às vendas de maio, mês em que foi comemorado o Dia das Mães, a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) de maio poderá trazer números mais robustos que os anotados em abril.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em abril as vendas do comércio pelo conceito de varejo restrito, aquele que exclui venda de veículos e materiais de construção, cresceram 0,3% em relação a março. Pelo conceito de varejo ampliado - esse abarca também as vendas de veículos e materiais de construção - subiram 0,8%.
A PMC do IBGE referente ao mês de maio está prevista para ser divulgada no próximo dia 13 de julho.
Segundo o economista da Boa Vista, Flavio Calife, o desempenho do varejo no mês sucedeu uma alta de 0,9% em abril na mesma base de comparação, mas ainda registra queda de 0,8% no trimestre móvel encerrado em maio contra o trimestre móvel imediatamente anterior, de acordo com dados dessazonalizados.
Na série de dados originais o indicador recuou 1,8% na comparação interanual, mas o resultado acumulado no ano segue positivo, com uma alta de 1,1% contra o mesmo período do ano passado. Já na análise de longo prazo, medida pela variação acumulada em 12 meses, o indicador não só desacelerou como também voltou a mostrar uma retração do setor, de 0,2%, ante um crescimento positivo de 1,3% até o mês de abril.
A alta no mês, segundo a Boa Vista, contou com diversos fatores, dentre eles, a liberação do saque ao FGTS, que segundo o Ministério da Economia beneficiou cerca de 24,9 milhões de trabalhadores, injetando algo próximo de R$ 17,9 bilhões na economia.
"Vale ressaltar que o FGTS também deverá contribuir para o setor no mês de junho, dado que os saques se encerraram no dia 15 deste mês. Outro ponto importante foi o aumento da confiança dos comerciantes no mês, mais motivados, talvez, devido ao Dia das Mães", disse Calife.
Mas, mais do que isso, de acordo com ele, é válido ressaltar que os números do mercado de trabalho tiveram boa evolução entre os meses de março e abril. A taxa de desemprego caiu de 11,1% para 10,5%, o menor nível desde fevereiro de 2016, quando bateu a marca de 10,3% da População Economicamente Ativa (PEA).
O problema, segundo a Boa Vista, continua sendo a inflação e a taxa básica de juros. A primeira até desacelerou de abril para maio, de 12,13% para 11,73%, mas ainda continua elevada. A Selic, que se encontra agora em 13,25% ao ano, de acordo com Calife, já começou a surtir efeito, mas o custo de recolocar a inflação numa trajetória que leve à meta tende a ser uma taxa Selic alta por mais tempo.
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