Bancos admitem 'licença' de R$ 70 bilhões
É o que emissários da campanha do PT, por exemplo, têm ouvido de representantes de bancos: que o cheque para o aumento de gasto em 2023 não extrapole muito aquele patamar, e que isso dure até a definição de uma nova regra em substituição ao teto de gastos - âncora atual da política fiscal que trava o crescimento da inflação à variação da inflação. Essa discussão está sendo feita também com investidores estrangeiros.
Caso Lula seja eleito, economistas do PT têm defendido a aprovação de um espécie de waiver (dispensa) no início do governo para bancar o aumento de gastos, principalmente para acomodar no Orçamento de 2023 o aumento de R$ 400 para R$ 600 do piso do Auxílio Brasil. O adicional de R$ 200, que começou a ser pago no último dia 9, é temporário e só vai até 31 de dezembro. Nesse meio tempo, uma nova regra seria discutida e encaminhada para aprovação do Congresso.
'GRUPO DOS SEIS'
Proposta semelhante foi apresentada pelo chamado "Grupo dos Seis", integrado, entre outros, pelo ex-presidente do Banco Central Pérsio Arida e pelo economista Bernard Appy. Em documento divulgado há 10 dias, o grupo defendeu a adoção de um programa especial de gasto de até 1% do Produto Interno Bruto (PIB), o equivalente a cerca de R$ 100 bilhões, até que entre em vigor uma nova regra fiscal.
Segundo apurou o Estadão/Broadcast, representantes desse grupo têm conversado com economistas da campanha de Lula sobre a proposta. Internamente, o PT discute o que colocar no lugar do teto. Uma das propostas é aumentar as despesas com base na alta do PIB em vez da inflação.
Já no governo Bolsonaro, como mostrou o Estadão/Broadcast, a ideia é uma nova regra para a dívida pública combinada com um teto com espaço maior para gastos acima da inflação. Uma das simulações feitas pela equipe econômica considera porcentual de 1,5% acima da inflação. Para técnicos do governo, o porcentual teria de ser menor do que o crescimento do PIB. Disputando a reeleição, o presidente Jair Bolsonaro também quer mais espaço para obras prioritárias num eventual segundo mandato.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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