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Campos Neto fala em inflação pressionada e admite dificuldade para cálculos sobre próximos anos

7.abr.2020 - O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em coletiva de imprensa sobre as medidas de combate ao coronavírus - Edu Andrade/Fatopress/Estadão Conteúdo
7.abr.2020 - O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em coletiva de imprensa sobre as medidas de combate ao coronavírus Imagem: Edu Andrade/Fatopress/Estadão Conteúdo

Eduardo Rodrigues e Thaís Barcellos

Brasília

18/08/2022 12h47Atualizada em 18/08/2022 13h09

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta quinta-feira, 18, que a inflação brasileira está bastante pressionada e reforçou que a autoridade monetária está vigilante. "Os preços administrados caem com medidas do governo, mas temos que ver no prazo mais longo. Os núcleos de inflação estão em níveis muito altos, por isso estamos vigilantes", afirmou, em painel no Macro Day 2022, organizado pelo BTG Pactual.

Enquanto mercado segue elevando as projeções de inflação para 2023, Campos Neto reconheceu que há dificuldade para se calcular a inércia inflacionária para os próximos anos. "Medidas do governo geram inércia menor, mas precisamos qualificar inflação de médio prazo. Temos olhado com cuidado porque as estimativas mais longas estão descolando das projeções do BC", acrescentou.

O presidente do BC argumentou que quase todos os países têm projeções de inflação acima de suas metas tanto em 2022 como em 2023. "Isso mostra o quanto o cenário atual é desafiador", mas atuamos primeiro e de maneira mais forte, alegou.