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Alckmin diz que Lula 'não está com pressa' de anunciar ministro da Fazenda

O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB) - Sergio Lima / AFP)
O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB) Imagem: Sergio Lima / AFP)

Redação, O Estado de S. Paulo

Em Brasília

30/11/2022 22h00Atualizada em 30/11/2022 22h30

O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), disse nesta quarta-feira, 30, que o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), "não está com pressa de definir ministério", após ser questionado sobre o anúncio do nome que deve ocupar a Fazenda.

"Eu acho que ainda demora um pouquinho mais. O presidente não está com pressa para definir ministério, agora é hora de ouvir bastante", disse, questionado pelo Estadão se o anúncio do ministro da Fazenda será feito ainda nesta semana.

Segundo ele, Lula está "na fase de ouvir os partidos políticos". A presença de Fernando Haddad em Brasília, com Lula, durante o início desta semana e sua participação na reunião de economia do grupo de transição aumentaram a expectativa de que o anúncio do petista na Fazenda se concretize. Haddad, no entanto, embarcou para São Paulo nesta quarta-feira à noite, para acompanhar a posse da esposa, Ana Estela, como professora titular da USP.

Envolvido nas articulações para aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, Alckmin desconversou ao ser perguntado sobre a possibilidade de diminuir o valor a ficar fora do teto de gastos. "A proposta é o valor apresentado, é excluir o Bolsa Família", disse.

Ele também disse "não ter ouvido" pressão de congressistas para liberar o orçamento secreto, na tramitação da PEC.

Como mostrou o Estadão, o Congresso quer agora usar a PEC, apresentada pela equipe de Lula para liberar recursos, com o objetivo de forçar o governo Bolsonaro a bancar o orçamento secreto no fechamento do ano. As verbas são tratadas como prioritárias para abastecer as campanhas de Lira e Pacheco no comando do Legislativo.

Além disso, o Centrão articula alterar a PEC para incluir uma regra que tornam as emendas secretas impositivas, o que obrigaria o Executivo a fazer os pagamentos e blindaria os repasses de cortes.