Regulação tem de crescer com os bancos digitais, diz o CEO do Itaú
"Vários neobancos não são mais pequenos, eles são grandinhos e começam a trazer risco sistêmico", disse ele em painel do Macrovision, promovido pelo Itaú BBA em São Paulo ontem. Segundo Maluhy, sob as normas antigas os neobancos precisavam de um terço do capital dos bancos tradicionais para conceder o mesmo montante de crédito.
O executivo avaliou que o arcabouço estabelecido pelo BC na última década, que facilitou a entrada de novos participantes no segmento, foi correto para estimular a competição. Ele disse ainda que o Itaú, o maior banco privado do País, tem o tamanho que tem por ter tido forte concorrência.
Maluhy disse também que o encarecimento do capital no mundo diante da alta dos juros tem feito com que neobancos mudem os modelos de negócio. "Vários pagavam 100% do CDI e, agora, só pagam se o recurso não girar em 30 dias", disse.
Maluhy disse que vários neobancos sobreviverão no longo prazo e que estão fazendo um excelente trabalho. Entretanto, terão de lidar com a menor satisfação dos clientes ante a complexidade de gerir o negócio e o aumento de taxas e tarifas.
Como mostrou o Estadão/Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, o BC começou pente-fino no fim de agosto, tanto com bancos quanto com fintechs, e pediu informações sobre todas as contas fraudadas desde janeiro do ano passado. O regulador estava preocupado com o uso dessas contas para escoar recursos provenientes de crimes, como aqueles que envolvem o Pix.
O executivo disse que o volume de fraudes envolvendo contas em neobancos e fintechs era desproporcional à participação de mercado destes players. "Estamos trabalhando com o regulador para que ele aperte essas regras para que os novos players tenham a mesma diligência do que nós", comentou.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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