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Estimativa do Boletim Focus para PIB em 2022 permanece em alta de 3,05%

Boletim Focus mostra estabilidade no cenário de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022 e 2023 - GETTY IMAGES
Boletim Focus mostra estabilidade no cenário de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022 e 2023 Imagem: GETTY IMAGES

Thaís Barcellos

Brasília

12/12/2022 09h28Atualizada em 12/12/2022 09h58

O Boletim Focus divulgado na manhã desta segunda-feira, 12, mostrou estabilidade no cenário de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022 e 2023. A mediana para a alta do PIB em 2022 continuou em 3,05%, contra 2,77% há um mês, enquanto a estimativa para a expansão do PIB em 2023 ficou em 0,75% ante 0,70% um mês antes.

Considerando apenas as 26 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB no fim de 2022 passou de 3,05% para 3,01%. No caso de 2023, a variação da mediana foi de 0,75% para 0,71%.

O Relatório Focus ainda mostrou alteração na projeção para o crescimento do PIB em 2024, de 1,71% para 1,70%. Para 2025, a mediana foi mantida em 2,00%. Quatro semanas atrás, as taxas eram de 1,80% e 2,00%, nessa ordem.

O Focus também mostrou manutenção da projeção para o superávit primário em relação ao PIB este ano. Já o déficit esperado para 2023 voltou a aumentar em meio à expansão fiscal prevista na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição.

A estimativa para o superávit primário em 2022 continuou em 1,29% do PIB - há um mês, a mediana era de 1,10% do PIB. Para 2023, a projeção de déficit primário avançou de 0,90% para 0,95% do PIB, de 0,55% quatro semanas antes.

Em relação ao resultado nominal, a mediana deficitária passou de 5,51% para 5,50% do PIB este ano. Para o ano que vem, o rombo esperado passou de 8,52% para de 8,70% do PIB. Há um mês, as medianas eram negativas em 6,00% e 7,75% do PIB, nessa ordem.

O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após as despesas com juros.

Houve ainda melhora na projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2022. A mediana caiu de 57,70% para 57,30%, contra 58,00% um mês atrás. Em relação a 2023, a estimativa para a dívida líquida em relação ao PIB continuou em 61,50%, de 61,40% há um mês.

Déficit em conta corrente

Os economistas do mercado financeiro aumentaram a estimativa de déficit em conta corrente do balanço de pagamentos em 2022. A mediana deficitária passou de US$ 46,20 bilhões para US$ 46,61 bilhões, contra US$ 41,00 bilhões de um mês atrás.

Já para 2023, a projeção para o rombo em transações correntes passou de US$ 43,00 bilhões para US$ 44,00 bilhões. Há um mês, a expectativa era deficitária em US$ 38,90 bilhões.

Balança comercial

A estimativa para o superávit da balança comercial em 2022 continuou em US$ 55,00 bilhões, mesmo valor esperado há um mês. Para 2023, a projeção passou de US$ 58,15 bilhões para US$ 60,00 bilhões, de US$ 56,00 bilhões há quatro semanas.

Para os analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) será mais do que suficiente para cobrir o rombo em transações correntes nesses anos. A mediana das previsões para o IDP em 2022 subiu de US$ 78,00 bilhões para US$ 80 bilhões, mesma expectativa de um mês atrás. Para 2023, avançou de US$ 75,00 bilhões para US$ 76,00 bilhões, de US$ 75 bilhões há quatro semanas.