BC: alta do déficit em c/c reflete recuperação da atividade, afirma Rocha
De janeiro a novembro, as transações correntes acumulam déficit de US$ 44,616 bilhões, maior do que os US$ 38,6 bilhões contabilizados no mesmo período de 2021, mas inferior ao nível acumulado em 2019 no período (US$ 62,3 bilhões). "Já temos o maior déficit em transações correntes desde o período pré-pandemia, o que mostra os efeitos da reabertura e da recuperação da atividade", afirmou.
Apesar do aumento nominal do déficit, Rocha notou que o rombo tem diminuído como proporção do Produto Interno Bruto (PIB) e atingiu 2,78% em novembro, o menor nível desde abril.
"Temos uma situação nas transações correntes em que o déficit vem aumentando, é um sinal de que a economia tem crescido, e parte desse crescimento da demanda é absorvida pela importação de bens e serviços e pelo envio de renda ao exterior. Mas podemos ver que o PIB cresceu mais e, portanto, o déficit em transações correntes como porcentual do PIB se reduziu no período", disse.
Receita de empresas
Os lucros de empresas que têm donos brasileiros, mas operam no exterior, atingiu o maior nível da série histórica no acumulado de 2022, disse Fernando Rocha. Esse movimento ajuda a explicar o menor déficit na conta de lucros e dividendos de novembro, de US$ 2,310 bilhões, ante US$ 2,904 bilhões no mesmo mês de 2021.
Na coletiva para comentar os dados do setor externo, Rocha destacou também a interrupção da trajetória de aumento dos déficits em renda primária. Em novembro, a rubrica teve saldo negativo de US$ 2,955 bilhões, menor do que o déficit de US$ 3,619 bilhões contabilizado em igual mês de 2021.
O especialista acrescentou que os Investimentos Diretos no País (IDP) atingiram um nível elevado em novembro, de US$ 8,338 bilhões, mas também bem distribuído entre os seus componentes. O maior crescimento da economia brasileira, afirmou, explica o desempenho da rubrica em 2022. No acumulado do ano, o IDP soma US$ 82,291 bilhões, ante US$ 51,618 bilhões no mesmo período do ano passado.
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