RendA+ atrai elogios mas também ressalvas
Líder de renda fixa da XP Investimentos, Camilla Dolle afirma que essa aplicação atende a uma necessidade dos investidores. "Muita gente já buscava uma opção no Tesouro para a aposentadoria. A alternativa que existia era o Tesouro IPCA+, mas o papel não era próprio para isso", diz.
Já o analista de renda fixa e sócio da Quantzed, Ricardo Jorge, vê potencial de adoção do novo título por pessoas com pouco conhecimento na área, o suficiente para fazer investimentos em programas de aposentadoria, como previdências privadas. "O investidor poderá aplicar seus recursos de uma maneira muito simples, sem que tenha de ficar lendo contratos, pesquisando regulamentos, entendendo e comparando rentabilidades", diz.
Apesar da facilidade, os especialistas apontam que não é possível afirmar que o Tesouro RendA+ seria melhor ou pior que a opção por algum tipo de previdência privada, sendo necessário avaliar caso a caso. Porém, alguns pontos pesam mais contra do que a favor do RendA+ ante a previdência.
"A desvantagem clara do título do Tesouro é em relação à tributação. O investidor não poderá deduzir o valor investido no Imposto de Renda, como acontece na previdência, e o imposto cobrado sobre o rendimento será de 15%, ante 10% da previdência (após dez anos da aplicação)", diz a analista independente de fundos de investimento e previdência Luciana Seabra. Ela também chama atenção para a questão da sucessão patrimonial. "Pela previdência, o dinheiro é liberado rapidamente e, em alguns Estados, não há cobrança de imposto."
Para o professor de finanças da Fundação Getulio Vargas (FGV) Pierre Oberson de Souza, o novo título de investimento não deve desafogar o INSS, funcionando apenas como uma forma de complemento da renda paga pelo governo, sem substituí-la. Porém, se o Tesouro Nacional conseguir estimular o hábito de investir para a aposentadoria, diz ele, o País pode enfrentar menos problemas sociais no futuro.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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