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Haddad diz à autoridade americana que Brasil quer se aproximar mais dos EUA

Ministro afirmou ainda que os EUA não fazem "nenhuma objeção" aos acordos comerciais feitos pelo Brasil - Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda
Ministro afirmou ainda que os EUA não fazem "nenhuma objeção" aos acordos comerciais feitos pelo Brasil Imagem: Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda

Eduardo Gayer, enviado especial

Niigata

11/05/2023 07h47Atualizada em 11/05/2023 09h37

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse ter manifestado à secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, a disposição do Brasil em se aproximar mais dos Estados Unidos. Os dois se encontraram nesta quinta-feira (11) em Niigata, no Japão, cidade-sede do G7 financeiro, cúpula da qual o Brasil participa na condição de convidado.

Em conversa com jornalistas após o encontro, Haddad destacou que Yellen não faz "objeções" à aproximação do Brasil com a China, apesar das tensões sinoamericanas.

"Uma das coisas que a secretária deixou claro é que ela não faz nenhuma objeção aos acordos comerciais que o Brasil faz, com a aproximação do Brasil com a China, em relação às parcerias estabelecidas. Mas eu manifestei nosso desejo de nos aproximarmos mais dos Estados Unidos", disse o ministro. "Deveríamos estar preocupados com a integração das Américas", acrescentou.

Ao comentar a relação do Brasil com a China, Haddad voltou a defender a ideia do presidente Luiz Inácio Lula da SIlva de se incrementar o uso de moedas locais em trocas comerciais, sem que seja preciso recorrer a uma terceira divisa — no caso, o dólar.

Questionado por jornalistas americanos se o Brasil tem alguma preocupação com a possibilidade de o governo americano dar um calote na dívida, Haddad negou. "Os Estados Unidos são a maior economia do mundo e a questão da dívida será devidamente endereçada", destacou.

A tensão em torno da dívida americana se dá diante da dificuldade de Casa Branca e Congresso chegarem a um acordo sobre a elevação do teto da dívida.

Na véspera de sua participação no G-7 financeiro, Haddad afirmou que a "sintonia" do G7 e do G20 é importante para "a continuidade dos trabalhos". No ano que vem, o Brasil vai presidir o G-20.