FMI: PIB do Uruguai deve desacelerar e crescer 2,0% em 2023, com quadro externo mais adverso
Em comunicado após visita da delegação de delegação ao país sul-americano, o FMI ressalta que, no ano passado, o PIB foi impulsionado por fortes exportações de commodities e setor de serviços, mas desacelerou na segunda metade do ano devido a condições externas adversas e à seca. A partir de 2024, o Fundo aponta para exposição do país a riscos externos e domésticos que podem afetar o crescimento nacional.
A expectativa do FMI é de que a inflação no país sul-americano caia para 7% até o fim de 2023 e fique dentro da meta em 2024. Em março de 2023, a inflação atingiu índice de 7,3% ao ano, depois de ter registrado pico de 9,95% em setembro de 2022.
O relatório aponta que a conduta do Banco Central do Uruguai (BCU) foi fundamental para o controle inflacionário, com aperto da política monetária em 2022 e corte da taxa de juros em abril de 2023. Em dezembro de 2022, a taxa de juros chegou ao patamar de 11,5%, após sequência de aumentos que durou mais de um ano.
No relatório, os diretores executivos do Fundo reforçaram a solidez das instituições e políticas do Uruguai, mas enfatizaram necessidade de consolidar a atualização dos quadros fiscal, monetário e financeiro, além de continuar com reformas estruturais para manter resiliência e apoiar o crescimento sustentável e inclusivo do país.
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