ONS: Reservatórios de hidrelétricas chegarão ao fim do período seco de 40% a 60% cheios
"Fomos chamados a participar do grupo de estudos, porque tem uma questão da infraestrutura que não está sendo utilizada e se desgastou nesses últimos quatro anos de bloqueio", explicou Ciocchi após apresentação no Fórum Brasileiro de Líderes de Energia, no Rio de Janeiro.
Ele disse que as linhas de transmissão que ligam o Brasil ao país vizinho estão deterioradas, assim como as conexões, e ainda não está claro quanta energia será possível receber, nem como ela viria.
"Estamos fazendo estudos para ver exatamente qual a potencialidade, qual a capacidade. Depois que foi interrompido o fornecimento, toda uma infraestrutura foi montada para viver sem aquilo (sem a energia da Venezuela). Vamos ver agora quanto vem (de energia), como iremos receber, qual o meio", afirmou, ressaltando que sempre é bom ter alternativas de abastecimento, principalmente no Norte do País.
Entre as condições do fornecimento, será avaliado se a energia a ser importada será limpa, assim como o custo dessa energia.
Ciocchi informou ainda, que a boa posição dos reservatórios das hidrelétricas brasileiras está permitindo a exportação de energia para a Argentina e Uruguai em praticamente todos os meses do período seco (abril a outubro). Em maio, foram 1.400 megawatts-médios (MWmed) para a Argentina e entre 400 e 500 MWmed para o Uruguai. Este mês, a Argentina está recebendo 528 MWmed e o Uruguai, 195 MWmed.
Segundo Ciocchi, mesmo com um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) acima do esperado, o Sistema Interligado Nacional (SIN) está preparado para abastecer o País sem problemas e ainda exportar, mesmo que o PIB cresça 3% neste ano. No primeiro trimestre, o PIB subiu 1,9% contra igual período de 2022, acima das projeções de analistas.
"Não há nenhuma implicação que possa haver escassez, temos zero de preocupação, e na perspectiva não apenas do operador, mas de todo o setor elétrico. O que a gente quer é que essa carga cresça, porque significa que está trazendo desenvolvimento para o País", concluiu.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.