Crédito rural: desembolso na safra 2022/23 até maio supera todo o ciclo 2021/22
O maior incremento foi verificado nos desembolsos para custeio da safra, que aumentaram 34,4% e chegaram a R$ 189,040 bilhões. Os recursos liberados para investimentos de longo prazo do setor também cresceram, a despeito das taxas de juros elevadas e da escassez de recursos de linhas do BNDES com taxas de juros controladas. O montante, de R$ 82,294 bilhões, foi 5,6% maior do que os R$ 79,815 bilhões concedidos no acumulado da safra 2021/22 até maio de 2022. Já os financiamentos para comercialização da produção caíram 2,8% na mesma base de comparação, saindo de R$ 31,696 bilhões em 2021/22 para R$ 30,820 bilhões em 2022/23.
A liberação de recursos pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) no acumulado do ciclo 2022/23 até maio atingiu R$ 48,973 bilhões, aumento de 28,6% em relação aos R$ 38,070 bilhões liberados no intervalo correspondente da safra 2021/22. Pelo Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor (Pronamp), o incremento dos recursos foi ainda mais expressivo,de 64,3%, saindo de R$ 27,539 bilhões no acumulado da temporada passada para R$ 45,240 bilhões na parcial da safra atual. Para a agricultura empresarial, ou seja, produtores de porte maior do que os enquadrados no Pronamp, foram liberados R$ 224,487 bilhões, 10,6% acima dos R$ 202,991 bilhões do ano anterior.
Entre as instituições financeiras que distribuíram recursos de crédito rural, os bancos públicos continuaram ganhando espaço, somando R$ 197,717 bilhões liberados no acumulado da safra, 21,5% a mais do que os R$ 162,687 bilhões contabilizados em igual período de 2021/22. Apenas o Banco do Brasil desembolsou R$ 176 bilhões nesta safra.
As cooperativas de crédito também aumentaram seus desembolsos, em 29,5%, de R$ 46,934 bilhões na parcial de 2021/22 para R$ 60,773 bilhões nesta safra. Entre os bancos de desenvolvimento e fomento, o montante liberado aumentou 63,7%, de R$ 2,741 bilhões para R$ 4,488 bilhões na mesma base de comparação. Já os bancos privados viram o montante liberado cair 0,9%, de R$ 56,179 bilhões no acumulado até maio do ciclo 2021/22 para R$ 55,655 bilhões no intervalo equivalente da atual temporada.
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