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Previ: Plano 1 tem superávit acumulado de R$ 14,5 bi em 2023, com rentabilidade de 13,5% a.a.

Rio

07/03/2024 17h30

A Previ, fundo de previdência dos funcionários do Banco do Brasil, terminou 2023 com superávit acumulado de R$ 14,5 bilhões no chamado Plano 1, o maior da entidade. Este foi o maior resultado acumulado dos últimos 10 anos, destacou o presidente da Previ, João Fukunaga, em entrevista coletiva na sede da entidade, na zona Sul do Rio de Janeiro.

O Plano 1, informou a Previ, alcançou rentabilidade de 13,5% ao ano, enquanto a meta atuarial foi de 8,6% (INPC + 4,75%). As principais contribuições para o desempenho vieram dos segmentos de renda fixa e renda variável. No Plano 1 a Previ tem R$ 237,6 bilhões investidos, sendo 58,3% em renda fixa (R$ 138,5 bilhões) e 32,6% em renda variável (R$ 77,4 bilhões).

Com peso bem menor, o segmento de investimento no exterior, que responde por 0,5% da alocação (R$ 1,2 bilhões), apresentou a maior rentabilidade, 24,3%. Isso, indicou o fundo de pensão, se deve ao ano de recuperação mesmo que em cenário adverso de aumento de juros no exterior.

Já o segmento imobiliário, que representa 5,5% da alocação (R$ 13 bilhões), teve boa rentabilidade, de 14,8%. Completam as alocações os 2,9% (R$ 6,8 bilhões) relativos a financiamentos e 0,3% (R$ 0,6 bilhão) de investimentos estruturados.

Superávit Plano 1

O superávit acumulado de R$ 14,5 bilhões considera o resultado acumulado relativo a 2022 (R$ 4,7 bilhões), além de R$ 28,09 bilhões fruto da rentabilidade líquida de investimentos e R$ 3,3 bilhões em contribuições. Disso são descontados R$ 16,1 bilhões relativos ao pagamento de benefícios em 2023, R$ 2,3 bilhões em provisões matemáticas e R$ 3,19 bilhões relativos a outros gastos, como contingências. Isolado, o resultado do exercício de 2023 foi de R$ 9,8 bilhões, esclareceu o diretor de Investimentos da Previ, Claudio Gonçalves.

Previ Futuro

Já o Previ Futuro, plano menor do fundo, alcançou R$ 32,8 bilhões em ativos totais em 2023. A rentabilidade acumulada no ano foi de 16,1%, perto do dobro da meta atuarial de 8,5% (INPC + 4,62%). Aí, as principais contribuições para o desempenho vieram dos segmentos de renda fixa e renda variável. A carteira de renda variável apresentou a maior rentabilidade, com 21,2%. Já os segmentos de investimento no exterior e imobiliário tiveram rentabilidade de 20,5% e 20,2% respectivamente.

O diretor de investimentos da Previ, Claudio Gonçalves, destacou que o fundo mantém o foco em empresas que são boas pagadoras de dividendos. Em 2023, esses dividendos obtidos pela Previ somaram R$ 5,7 bilhões, advindos de empresas como Petrobras, Vale, Ambev e outras.

Com relação à carteira de participações em renda variável, Gonçalves disse que a Previ não realizou movimentos avançados em 2023, com exceção da participação no follow on de BRF. No Previ Futuro, ao contrário, teria havido "gestão mais ativa". "É uma forma diferente de se gerir, mais ativa, endereçada, aplicando estratégias de renda variável e multimercados."

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