Bolsas de NY fecham mistas, com Nvidia pesando no Nasdaq e commodities impulsionando Dow Jones

As bolsas de Nova York fecharam sem sinal único nesta quinta-feira, 20, com o Dow Jones impulsionado por ações ligadas a commodities, e o Nasdaq pressionado por papéis ligados a inteligência artificial, com destaque para a Nvidia. O movimento ocorre após uma forte valorização das empresas deste segmento na última semana, com o retorno dos mercados após o feriado nos Estados Unidos marcando uma correção para estas companhias.

O índice Dow Jones encerrou a sessão em alta de 0,77%, aos 39.134,96 pontos; o S&P 500 recuou 0,25% aos 5.473,22 pontos; e o Nasdaq teve queda de 0,79%, aos 17.721,59 pontos. Já o índice VIX, espécie de termômetro do medo em Wall Street, saltou 6,25%, a 13,26 pontos, tendo atingido maior nível em duas semanas.

"O mercado americano virou ao longo do dia, liderado para baixo por ações de tecnologia, principalmente as de hardware relacionadas à inteligência artificial" (Nvidia, Broadcom, Micron, Qualcomm), aponta Matheus Popst, sócio da Arbor Capital. Somente a Nvidia recuou 3,54%. Se salvaram, relativamente, a Super Micro (-0,26%) e a Dell (+0,65%), que foram anunciadas pelo Elon Musk como parceiras na construção do super computador da xAI. Por outro lado, Chevron subiu 2,21%, com o setor de energia sendo o de maior alta, em um dia de avanço para grande parte das commodities.

O número de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos caiu 5 mil na semana encerrada em 15 de junho, para 238 mil. O resultado ficou acima da expectativa de analistas consultados pela FactSet, que previam 235 mil solicitações. Enquanto isso, as construções de moradias iniciadas nos Estados Unidos tiveram queda de 5,5% em maio ante abril, resultado inferior às previsões do mercado, que apontavam para alta de 1,1% no período.

O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de Minneapolis, Neel Kashkari, afirmou nesta quinta-feira que a trajetória de juros dependerá de dados. O dirigente prevê que a inflação demorará mais tempo para retornar à 2%, estimando um período entre um a dois anos. "Mas estou confiante", pontuou. "Fundamentos agora são muito bons, melhores do que em outras economias do mundo."