PetroReconcavo terá nova unidade de processamento de gás na Bahia
A baiana PetroReconcavo vai construir uma segunda unidade de processamento de gás natural (ou UPGN, na sigla usada pelo setor) na Bahia, a um custo estimado de US$ 60 milhões, num movimento para dar independência às operações da petroleira no Estado.
Hoje, a PetroReconcavo utiliza principalmente a UPGN de Catu, operada pela Petrobras, na qual processa cerca de 1 milhão de m³/dia de gás, volume equivalente a dois terços da capacidade total da planta da estatal.
Na Bahia, a petroleira já tem uma unidade de processamento própria, a São Roque, ligada diretamente à malha de distribuição da Bahiagás. A estimativa com a nova planta é reduzir à metade o custo com processamento do produto.
"A UPGN Catu (da Petrobras) opera desde a década de 1970, e todos os demais produtores onshore na Bahia precisam acessar essa planta, o que poderia ser um gargalo para a nossa produção no futuro", diz o vice-presidente comercial e de novos negócios da companhia, João Vitor Moreira.
Segundo ele, a manutenção da operação nos moldes atuais, vinculada às instalações da estatal, poderia comprometer o plano de incremento da produção da PetroReconcavo a partir de 2027.
A PetroReconcavo, petroleira independente fundada em 1997, ainda negocia os detalhes finais do contrato de construção.
Pelo planejamento, a UPGN Miranga, a ser instalada no polo de produção de gás natural de mesmo nome, deverá ser construída entre 2025 e 2026, passando por licenciamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) ao longo de 2027, com prazo final em dezembro daquele ano.
A previsão é de que a unidade - com uma capacidade inicial de 950 mil metros cúbicos (m³) por dia - opere regularmente a partir de 2028.
Segundo o executivo, a companhia também avalia a construção de uma UPGN própria no Rio Grande do Norte.
A alternativa seria buscar novas melhorias nas condições contratuais com a Brava Energia, empresa dona da UPGN de Guamaré, onde a PetroReconcavo processa o gás natural produzido no Estado.
A Brava é a empresa resultante da fusão entre 3R Petroleum e Enauta.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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