Opep diz que manterá cortes na produção até fim de 2026 e substitui unidade do DoE como fonte
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) anunciou que manterá os cortes na produção do petróleo combinados em dezembro do ano passado e em vigor até setembro de 2026, segundo comunicado divulgado nesta segunda-feira, 3. A decisão ocorre após reunião do Comitê de Monitoramento Ministerial Conjunto, que incluí países aliados do cartel, grupo conhecido como Opep+.
De acordo com a nota, a conformidade da Opep+ em cumprir os cortes de produção "reafirma os objetivos compartilhados de unidade e coesão" para garantir a estabilidade do mercado de petróleo.
A mensagem de união ocorre dias depois de o presidente dos EUA, Donald Trump, pedir que a Arábia Saudita convencesse os pares do cartel a reduzir os preços do petróleo em escala global.
A Opep reiterou que os países que concordaram com os cortes voluntários manterão os ajustes e que aqueles que excederam a produção de petróleo - como Casaquistão e Iraque - renovaram o compromisso de atingir a conformidade completa ao atender critérios de compensação antes do fim deste mês. O comitê do cartel também disse que irá monitorar ajustes adicionais e voluntários na produção anunciados por países membros e não-membros da Opep.
Ainda, o comunicado anunciou a substituição da Rystad Energy e da Administração de Informação de Energia (EIA, na sigla em inglês) - uma unidade do Departamento de Energia (DoE, em inglês) dos EUA - como fontes secundárias de informação sobre a produção de petróleo. "Depois de deliberação cuidadosa do secretariado", Kpler, OilX e ESAI devem passar a integrar as fontes secundárias da Opep, informa a nota.
A próxima reunião do comitê está programada para 5 de abril de 2025.
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