Petróleo beira US$ 70 após ataque da Ucrânia e de olho nas taxas de Trump

Os contratos futuros do petróleo fecharam em alta nesta terça-feira (11), recuperando parte das perdas da sessão anterior, depois que a Ucrânia atingiu nesta madrugada a Refinaria de Petróleo de Moscou, essencial para o abastecimento de combustível na capital russa. A commodity também tem suporte no dólar enfraquecido no exterior.

Na Nymex (New York Mercantile Exchange), o contrato de petróleo WTI para abril fechou em alta de 0,33% (US$ 0,22), a US$ 66,25 o barril, enquanto o Brent para maio, negociado na ICE (Intercontinental Exchange) avançou 0,40% (US$0,28), a US$ 69,56 o barril.

Forças Armadas da Ucrânia anunciaram que atingiram "vários alvos estratégicos da Rússia" na madrugada desta terça-feira e o prefeito da capital russa, Sergei Sobyanin, disse que o país abateu 69 drones lançados pela Ucrânia sobre Moscou, o maior ataque em meses.

Assim, os preços do petróleo subiram no pregão, mas continuam sob pressão significativa, em meio a preocupações com uma perspectiva econômica fraca e com as tarifas dos EUA.

"Os comentários recentes de Trump desencadearam uma onda de vendas, já que os investidores começaram a precificar o risco de um crescimento mais fraco da demanda", afirmam os analistas da ANZ Research.

No radar, o DoE (Departamento de Energia, em inglês) dos EUA manteve a previsão do preço médio do petróleo Brent em 2025 de US$ 74 o barril, segundo relatório mensal. Para 2026, o DoE manteve a previsão de queda do Brent ante 2025, mas aumentou o valor de US$ 66 para US$ 68 o barril.

Pouco antes do fechamento deste texto, a Ucrânia aceitou uma proposta dos EUA para cessar-fogo imediato de 30 dias, o qual a Rússia precisa também aceitar. O enviado da Casa Branca para o Oriente Médio, Steve Witkoff, está planejando viajar para Moscou nesta quinta-feira (13) para uma reunião com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, segundo a Axios.

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